segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Educação para o Século XXI

Parece que a educação das nossas crianças não está mais dando conta das questões do século XXI. A escola deixa muito a desejar quando ensina mais o conhecimento curricular e muito pouco no que diz respeito a crescer como ser humano, viver com bem-estar e a “dar sentido à vida”.

As habilidades e competências interpessoais fazem mais diferença para quem deseja crescer na vida e na carreira do que um extenso currículo técnico, é o que demonstram as pesquisas no ramo da Psicologia Positiva¹. Profissionais são contratados por seus currículos e demitidos por suas atitudes.

Competências que colocariam o currículo escolar no Século XXI seriam:
1- Ampliação da capacidade respiratória: para alimento das células, controle da ansiedade, aumento de vitalidade, concentração e da saúde por inteiro – já que “vivemos como respiramos”;
2- Correção da postura (“Blitz Postural”) e exercícios: uma simples correção da postura, do sentar-se e do caminhar da criança libera a coluna de tensões que geram doenças e distorções comportamentais ao longo dos anos. A correção da posição da cabeça em relação ao corpo, por exemplo, já nos abre para adotarmos uma atitude assertiva – é impossível ser assertivo olhando sempre para o chão e evitando olhar nos olhos;
3- Como alimentar-se bem e preservar nutrientes dos alimentos: é fazer do que se come uma fonte de saúde preventiva e até de consciência ecológica.
4- Consciência ecológica: reconhecer as árvores da sua rua, saber quais ecossistemas existem no entorno e quais espécimes são locais ensinam à criança que cidadania é basicamente o cuidar (da natureza, do outro, da Vida).

Seria coerente ainda a criação da cadeira de Competências Interpessoais, para uma educação voltada ao bem-estar, dar sentido à vida e às relações - valores que começam a ser difundidos na mídia como os novos parâmetros do sucesso. Essa cadeira seria calcada em exercícios práticos de autoconhecimento, em que cada criança pudesse identificar o próprio sentir e não frear a ação correta mesmo sob forte impulso ou emoção, desenvolvendo inteligência emocional. Também daria apoio para observar o que a outra está sentindo e interagir com isso de modo saudável, aprendendo a se expressar.

Um desafio para o Coaching é que lidar com emoções não é ensinado na escola bem como as atitudes que impulsionam o ser humano a crescer, liderar e prosperar. O olhar familiar também peca nesse sentido. Caso esse conjunto de competências fosse desenvolvido desde a infância, o adulto já contaria com amplos recursos para atingir suas metas de vida. Seria suficiente então que ele e o Coach trabalhassem juntos em direção a essas metas.


1- SELIGMAN, Dr. Martin, Ph.D.: FLORESCER – Ed. Objetiva, 2011.



Postado por: Carla Panisset

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